sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Pelos caminhos da cenografia

O Museu da Casa Brasileira abriga a 5ª Mostra Jovens Designers, com cenografia do Estúdio Sérgio J. Matos.
A cenografia também ocupa minha mesa de projetos habitualmente preenchida pelos desenhos de produtos. Me leva a desbravar caminhos. Os da memória, da história que resiste ao tempo, das comunidades artesãs e outros de realidades longínquas espalhadas por esse Brasil afora. É desafiador conceber um espaço cênico revestido da atmosfera que envolve o evento e seu público cheio de expectativas. Partir de uma ideia, traçar formas, optar por cores, texturas e iluminação exige o olhar apurado para o todo sem perder de vista os mínimos detalhes atrelados às emoções e sensações. É, também, um exercício de se colocar no lugar do espectador (uma, outra vez e quantas sejam necessárias) para experimentar questionamentos, impactos, simbologias e perspectivas.

O projeto cenográfico conta uma história. Me debruço agora sobre a montagem da narrativa que embala a realização da 5ª Mostra Jovens Designers. O evento com abertura na capital paulista no dia 12 de fevereiro, no Museu da Casa Brasileira (MCB), também será levado à cidade de Florianópolis (Santa Catarina) e Milão, Itália. Nesta edição, a cenografia da exposição itinerante que estimula a formação de novos talentos vai guiar o público, conceitualmente, pelos caminhos de madeira das palafitas. Aqueles de tábuas, como pequenas pontes que conectam as habitações erguidas em áreas alagadiças e que são comuns em municípios brasileiros a exemplo de Manaus, Belém e Salvador. Na vida real, caminhos de mobilidade arquitetados pelos moradores das comunidades para sanar o direito de ir e vir. Na cenografia, um trajeto simbólico que conduz à produção de estudantes de design de todo o país. De momento, uma rota de segredos e surpresas.

[English Text]

By the paths of cenografy

The cenography also occupy my table of projects habitual filled of design of products. Makes me goes on paths. Of memory, of history that resists time, the artisans communities and other distant realities spread this all over Brazil. It is challenging to design a scenic area coated the environment surrounding the event and your audience full of expectations. From an idea, drawing shapes, choosing colors, textures and lighting requires sharp eye for all without losing sight of the smallest details linked to emotions and sensations. It is also an exercise to put in place the viewer (once, or more as necessary) to experience questions, impacts, symbols and perspectives. The scene project tells a story.

I lean over now how to mount the narrative that packs the performance of the 5th Young Designers Show. The event started in São Paulo on 12 February, at the Museu da Casa Brasileira (MCB), and will also be taken to the city of Florianópolis (Santa Catarina) and Milan, Italy. In this edition, the setting of the traveling exhibition that stimulates the formation of new talent will guide the public, conceptually, the wooden walkway of stilts. Those tablets like small bridges that connect the houses built in wetlands, which are common in Brazilian cities, example of Manaus, Belem and Salvador. In real life, mobility paths architected by community residents to remedy the right to come and go. The scene project is a symbolic path leading to the production of the whole country of design students. At the moment, a route of secrets and surprises.
Montagem da cenografia inspirada nos caminhos de madeira que conectam as palafitas.
A concepção do projeto estabelece uma rota de surpresas aos visitantes da mostra.
      A exposição é uma vitrine para os novos talentos do design brasileiro.

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